Tema: Precariedade no Jornalismo
Argumento:
A profissão jornalística vive actualmente uma situação precária. Todos os dias aparecem novas notícias acerca das condições desfavoráveis a que os jornalistas (especialmente os recém-formados) se têm que submeter de forma a poderem exercer a sua profissão.
Mas o que é realmente a precariedade na profissão jornalística? Existem diversas formas de precariedade, podendo basear-se relativamente a questões de contratos de trabalho, composição de salários, pressões da direcção do órgão de comunicação, falta de segurança e estabilidade (iminentes reestruturações e reduções de efectivos), processos de selecção e exclusão de profissionais.
Quantos não serão os jornalistas que, por medo, ignorância ou falta de vontade, se “escondem” em condições de precariedade de forma a defenderem-se do desemprego?
Um dos casos mais falados e bastante presente na memória é o do jornal “O Primeiro de Janeiro”
Foram despedidos 34 jornalistas e três administrativos deste meio de comunicação social. Os trabalhadores foram impedidos de entrar na sede daquele diário quando, no dia 15 de Setembro, procuravam respostas para o incumprimento dos pagamentos de salários em atraso.
O jornal “O Primeiro de Janeiro” suspendeu a sua publicação no passado dia 1 de Agosto, após o despedimento colectivo de toda a redacção, regressando às bancas no dia 4 de Agosto pela mão de Rui Alas, ex-director do suplemento desportivo daquele órgão, e quatro jornalistas do mesmo suplemento.
Outro caso muito importante é o de João Pacheco, jornalista que ganhou o Prémio Gazeta Revelação 2006, e dedicou o galardão a todos os jornalistas precários e anunciou que iria usar o prémio para pagar as suas "dívidas à Segurança Social", já que ele próprio, é também um profissional a recibos verdes à peça. Após três anos de trabalho, continuava a não ter qualquer contrato, nem tenho rendimento fixo, nem direito a férias, nem protecção na doença.
É desta forma que os profissionais da área jornalística são tratados, pressões administrativas, a receberem um preço por cada peça que escrevem e por vezes com pouca liberdade de imprensa.
Possíveis Convidados:
João Pacheco, Jornalista
Alfredo Maia, Presidente do Sindicato dos Jornalistas
José Alberto de Azeredo Lopes, Presidente da ERC
Convidados Alternativos :
André Soares, jornalista
Pedro Monteiro, fotojornalista
Rui Alas Pereira (Director d’ O Primeiro de Janeiro)
Membros que organizam:
Bruno Mocho
Cátia Barata
Filipe Batuca
Guilherme Ferreira
Luís Nunes