Os jornalistas acompanham acontecimentos de modo a relatá-los ao mundo fazendo transparecer informações densas e úteis. No decorrer do tempo os jornalistas tornam-se verdadeiros profissionais, capazes de transmitir informação neutra e concisa, o que é uma tarefa difícil dado as fragilidades do ser humano.
Um profissional de informação é posto constantemente à prova. Os jornalistas estão sujeitos a variados perigos e constantemente expostos a situações adversas às quais não estão preparados para reagir. Quantas vezes o jornalista se vê perante situações que cortam o raciocínio, apagam as palavras e que o impedem de transmitir o que está a ver? Nessas situações de stress e de limite emocional a comunicação torna-se mais difícil e mais subjectiva. Como comunicar, então, em situação de emergência?
A sociedade actual vive numa luta contra o tempo e as pessoas sentem necessidade de serem informadas a toda a hora. O público exige o «aqui e agora» do acontecimento. E os jornalistas vêm-se assim pressionados a corresponder às suas exigências. Para isso, o profissional da informação coloca em risco a sua vida de modo a obter informações necessárias para informar devidamente o público. Será lógico o jornalista pôr a sua própria vida em perigo para fazer cumprir o terceiro ponto do código deontológico – direito de informar?
Para além disso, procuramos saber o que leva alguém a submeter-se a esses tipos de situações, até que ponto isso contribui para o seu crescimento profissional e como se supera a constante batalha entre valores morais e valores éticos.
Em situações de perigo e de emergência surge ao jornalista dilemas no momento de aflição. Surge a dúvida nestas situações se se deve ajudar as pessoas que estão a pedir socorro ou continuar a progredir com a informação a transmitir.
Qual o papel do Jornalista em situação de risco?
Até que ponto os valores éticos de um jornalista se sobrepõem aos valores morais?