sábado, 19 de janeiro de 2013

Proposta Temática - O ensino no jornalismo


O ensino do jornalismo em Portugal é uma circunstância relativamente recente, sendo que o primeiro curso em Comunicação Social data de 1979 na Universidade Nova de Lisboa.

No entanto, as tentativas para criar um curso superior para jornalistas já são bastante antigas. Desde o final do século XIX que se criaram cursos de jornalismo no mundo inteiro (nomeadamente nos E.U.A.), já que o ensino desta área se tornou indispensável num mundo mediatizado.
Atualmente, são muitas as instituições no nosso país onde se ensina jornalismo, e muitos os docentes que se dedicam a ensinar o que é o jornalismo, e cada vez maior o número de alunos interessados em aprender as bases jornalísticas. 
Desta forma, é também essencial divulgar quem de uma forma correta e aprofundada reflete sobre o jornalismo e tenta melhorar o desempenho na área.
O que se pretende no debate deste tema é abordar os vários pontos de vista que os docentes de jornalismo possam ter sobre o seu ensino e mostrar as várias formas de o debater e explicar, nos diferentes locais de ensino do nosso país.

Proposta Temática - A influência dos comentadores na opinião pública


Os comentadores são, atualmente, uma fonte de inspiração e influência para a formação da opinião pública, opinião essa que é extremamente dinâmica.
A sociedade quer informação credível, diversificada, fundamentada e de fácil acesso. Desse modo, vai procurá-la da maneira mais simples: na informação intitulada de autenticada.
A sociedade banalizou a opinião, todos têm algo a dizer e uma ideia diferente a defender. A diversidade de opiniões é banalizada, principalmente nos meios digitais, onde a informação é recorrente e considerada "normal". O indivíduo comum aceita o que ouve como um dado adquirido, na maioria das vezes não questiona o que ouve e toma a opinião como realidade.
Será este paradigma um problema dos que fazem opinião?
Os chamados “comentadores” detêm um poder sobre a comunidade, que pode ser considerado "sem limites". A maioria ouve e cala, não questiona a realidade, não havendo outra forma de ser informado a não ser através de comentários de especialistas. Porém, onde reside aí a crítica e o contraponto da opinião?
Os comentadores assumem-se como um marco de grande influência na construção da opinião pública. Aos olhos da sociedade, detêm credibilidade através da informação que transmitem.
Até que ponto têm capacidade para serem produtores de informação?
Não serão uns meros transmissores? Enquanto transmissores são considerados, muitas vezes, mais exequíveis que os próprios produtores de informação.
Considerados elites pela sociedade, impõem-se como figuras mediáticas, utilizando os meios e fontes que têm ao seu dispor para fundamentar as suas ideologias. Estas não deixam de ser opiniões. Opinões do foro pessoal, que não detém credibilidade informativa. Existe o perigo de transmitirem informações erradas, pois há membros da sociedade que acreditam fielmente no que dizem. Este é um dos problemas mais recorrentes, não se colocando em causa que existam erros.
Estamos perante uma sociedade preguiçosa. Sedenta de informação mas preguiçosa, pois detêm muitos meios ao seu dispor que não utiliza. Limita-se a seguir o que ouve e a acreditar fielmente naquilo que lhe é incutido. O público contenta-se e resume-se ao que é óbvio, e aquilo que lhes é oferecido é aceite sem discussão. Não existe contrassenso. Crêem mais fielmente nas figuras opinativas do que nos especialistas.
É uma panóplia diversificada, todos comentam as respectivas temáticas em que, à partida, se sentem à vontade e estão preparados para as debater.
Não será um erro crasso? Um público que vive de cultura geral, que tem uma determinada ideologia política, não se sentirá "traído" pelo comentador político que segue, quando este assume posições próprias e segundo uma ideologia política oposta à sua?
Um comentador, como transmissor de informação, não deverá filtrar a informação segundo uma lógica coerente e concisa, que garanta informação abrangente para que se adeque à formação de opiniões pessoais diversas?
Assim, estaria a contribuir para a formação de uma opinião pública saudável, no sentido de permitir discussão e procurar a informação por iniciativa do público; este público não estaria exposto a qualquer influência se os comentadores não seguissem uma ideologia pessoal.
Leva-nos a pensar que não se trata de uma questão de informação, mas sim de valores.
A sua força na sociedade é demasiado forte, porém quem garante que eles detenham a verdade do que dizem?
Terá o cidadão a culpa por não questionar a veracidade dos factos?
Ou será a culpa dos comentadores por tomarem um partido e, a maioria das vezes, saberem que estão a influenciar os espetadores para o lado que mais lhe agrada?
É importante ter em conta que os comentadores são isso mesmo: Comentadores. Detém este título, logo têm a liberdade de exercerem o ato de comentar.
Deste modo, existirá alguma regra sobre os seus limites? A população mais desenvolvida já procura os comentadores como fontes seguras de informação, não se interessa pelas notícias recorrentes, interessando-se por uma informação mais especializada.
Até que ponto a informação dos comentadores deve ser considerada informação credível?

Proposta temática - A imprensa Cor-de-Rosa

A imprensa cor-de-rosa é o termo utilizado para caracterizar o jornalismo focado na vida íntima de pessoas conhecidas na sociedade, como membros da elite, figuras do chamado Jet-set, entre outros. Estas publicações, na sua maioria revistas são, por vezes, criticadas por fazerem a sua cobertura de forma intrusiva e cometerem invasão de privacidade de pessoas que, embora sejam famosas, não querem que a sua intimidade seja colocada em plena “praça pública”. Por outro lado, existem pessoas com um estatuto elevado na sociedade que se oferecem para dar entrevistas e posar para fotos, compactuando com o chamado "culto à celebridade". 
São revistas em que as imagens predominam e o texto é escasso, prevalecendo o sensacionalismo, na tentativa de incentivar à leitura dos artigos. 
Onde quer que vamos, há sempre alguma revista cor-de-rosa a piscar-nos o olho. Seja no cabeleireiro, no café, no supermercado, estão em todo o lado. 
Em torno deste tema existe uma enorme controvérsia, em saber se a imprensa cor-de-rosa pode ser considerada jornalismo, havendo um certo preconceito perante este tipo de atividade, tendo em conta que falar da vida íntima das celebridades vai contra os principais princípios deontológicos do jornalismo, que consiste basicamente na divulgação de informações importantes para quem têm acesso aos media. 
Em suma, este tema é um importante componente da cultura portuguesa, pois o tempo dos portugueses gasta-se em grande parte na leitura de revistas-cor-de-rosa e visionamento de telenovelas. Sendo assim, coloca-se a pergunta essencial: a imprensa cor-de-rosa pode ser considerada jornalismo ou não?

Proposta Temática - Relações Públicas Amadores VS Relações Públicas Graduados


Um relações públicas é um profissional da comunicação que tem por objectivos divulgar a empresa e dar a conhecer o produto ao público-alvo a nível interno e externo. Por sua vez, tem como principal função promover o bom ambiente dentro da empresa pois este é a imagem base da mesma. 
Em termos formais, o relações públicas é uma actividade que tem como principal objectivo alcançar a credibilidade e confiança do público, segundo negociações pessoais e o uso em tempo adequado de diferentes técnicas de divulgação, pretendendo atingir os indivíduos e as organizações, de forma a promover as suas atitudes e acções. 


Atualmente a incidência do relações públicas na sociedade acaba por ter uma percepção diferente da real, pois hoje em dia o relações pública é visto como o porteiro da discoteca ou uma figura pública do panorama nacional. A comunicação é o principal instrumento de trabalho do relações públicas para atingir o seu público-alvo, por isso o uso de figuras públicas pretende aumentar o sucesso das negociações e a divulgação da empresa, pois uma imagem conhecida amplia a sua visibilidade. 


Será que a qualidade do trabalho de uma figura-pública é semelhante a de um licenciado? 
O trabalho de relações públicas não tem sido apenas representado por uma figura pública mas também por um jornalista, pois o seu conhecimento amplo em comunicação cativa o empregador a tê-lo como seu representante. Por outro lado, o jornalista tem tido um papel ativo na área de relações pública o que não acontece no caso de um profissional de relações públicas. Assim, pretendemos encontrar respostas para toda a temática acima referida com base na realização de um debate rico em questões pertinentes.

Proposta Temática - Publicidade: que limites?


Em primeiro lugar, há que explicar o conceito de “Publicidade”. Esta palavra deriva do latim publicis e representa o ato de dar a conhecer um produto ou conjunto de produtos por empresas ou estabelecimentos, estimulando o seu consumo. É originária da “propaganda” e mais tarde assume a sua separação desta. 
Desde o início do séc. XX, que a Publicidade deixou de ser apenas um instrumento comercial para anunciar produtos, passando a ser uma arma poderosa para o sistema produtivo industrial. Ao utilizar múltiplas e variadas técnicas de persuasão, de manipulação e educação de mentalidades, a Publicidade veicula valores e ideias que a tornam uma peça fundamental do consumismo. 
Atualmente, a Publicidade exerce uma grande influência na sociedade de massa, não dispondo apenas dos meios tradicionais, devido ao desenvolvimento crescente das TIC (Tecnologias de Informação e Comunicação). 
Contudo, existe muita saturação publicitária e mesmo algum ceticismo em relação à própria Publicidade. Este facto tem aberto caminho a que outras técnicas se construam no universo comunicativo. O patrocínio e o “product placement” são disso exemplo e demonstram como a comunicação comercial pode ser subtil e/ou até mesmo intrusiva. 
O futuro da Publicidade não irá passar apenas pelos spots televisivos mais criativos ou os outdoors mais dinâmicos. A verdade é que o consumidor é constantemente bombardeado por centenas de campanhas e anúncios e acaba por ganhar resistência e selecionar apenas o que se distingue do habitual. 
A acrescentar a esta situação, existem os preços exorbitantes praticados pela Publicidade, que não permite que as pequenas empresas possam competir com os grandes grupos empresariais a esse nível. É por estas razões que o futuro da Publicidade se baseia na procura de novas alternativas mais criativas e económicas, que muitas vezes sobressaem em relação a anúncios realizados nos mass media. 
Como exemplo das várias alternativas, existe o Marketing de Guerrilha, que se caracteriza pela utilização de métodos alternativos que estão ao dispor das empresas, quer a nível físico, quer a nível económico, para publicitar determinado produto ou serviço de uma forma menos convencional e surpreendente, e também o Marketing Digital, que consiste em ações de comunicação das empresas através da Internet. 

Será então que a Publicidade tem limites?

Proposta Temática - A abordagem das redes sociais por parte das empresas/instituições



As redes sociais são atualmente um pilar fundamental para o sucesso de qualquer empresa, nomeadamente através da divulgação da empresa e dos seus produtos no Facebook e no Twitter. 
Esta nova forma de fazer chegar informação ao cliente tem proporcionado às empresas a oportunidade de lançar, ou relançar, de forma gratuita, uma marca, um produto, de forma a este ficar mais perto do consumidor. Esta relação de proximidade é uma componente fundamental do negócio das empresas nas redes sociais, com a principal função de reduzir a distância entre o potencial cliente e a marca.
As redes sociais não são apenas depósito de informação, são campanhas de publicidade, promoções, descontos, notícias em 1ª mão, contacto direto com os utilizadores, entrevistas, sondagens etc.
As redes sociais podem também ajudar a inovar e a desenvolver as campanhas online das empresas nacionais, a partir dos melhores exemplos vindos do estrangeiro.
A divulgação através de plataformas como o Facebook possibilita também a empresas com menos recursos que as multinacionais, o fazer a divulgação dos seus produtos através de formas inventivas, tentando chegar ao maior número de clientes possível, e isto com um custo mínimo.

Esta temática permitirá abordar várias questões:

A abordagem das campanhas/promoções/divulgações será diferente conforme o produto que se quer oferecer ao consumidor?

Quais são as estratégias utilizadas para conseguir publicitar uma marca em apenas 140 caracteres (Twitter)?
É fácil gerir a abordagem aos conflitos gerados no seio das redes sociais, em termos específicos das empresas (caso recente da EDP)?
Qual o perfil necessário, em termos de Marketing e Comunicação, para gerir uma rede social de uma empresa de sucesso?